domingo, 13 de junho de 2010

Copa de 2014 custará mais que o dobro do Mundial da África

Projeção de gastos do governo brasileiro chega a R$ 17 bilhões.


                                              Imagem: google/imagens
A Copa de 2014 já custa mais que a de 2010, que será realizada na África do Sul. A estimativa de gastos ultrapassa os R$ 17 bilhões contra R$ 8 bilhões do Mundial deste ano. O levantamento reúne dados de investimentos com estádios e transporte.



A lista preliminar divulgada pelo governo relaciona 59 obras, sendo 12 em estádios. As informações são de reportagem do jornal Folha de S. Paulo.



O custo total previsto é de R$ 17,52 bilhões, incluindo verba federal, estadual e privada. Deste valor, são R$ 5,343 bilhões para construção e reforma de arenas.

Sustentabilidade pode ser um bom negócio.



Fonte: ANPEI

A busca por lucratividade baseada em processos sustentáveis é, hoje, uma realidade, que visa ao equilíbrio entre três pilares - ambiental, econômico e social, para obter bons negócios. Em uma gestão responsável é preciso que as práticas sustentáveis sejam multiplicadas entre todos os atores envolvidos. Fornecedores, parceiros, clientes e até mesmo consumidores e governos, devem estar comprometidos com a causa.



Imagem: google/imagem
Portanto, a sustentabilidade exige a convergência de mercados em busca de objetivos comuns, buscando ações e ferramentas que contribuam para essa integração. Ao percebermos que apostar em crescimento sustentável é investimento e não despesa, tanto para empresas privadas como para o setor público, todos sairão beneficiados.



Do lado corporativo, além de fortalecer as estruturas da empresa no mercado, oferecendo credibilidade e confiabilidade à marca, a visão sustentável também auxilia a companhia na aquisição de créditos e contribui com a eficiência do negócio, gerando maior lucratividade.



Alguns fatos do mercado mundial também já demonstram algumas mudanças significativas. Por exemplo, as principais bolsas de valores do mundo, incluindo a BMF&Bovespa, possuem índices diferenciados para os negócios sustentáveis e suas ações têm mostrado uma estabilidade maior do que as outras, mesmo em tempos de crise. Os bancos de varejo disputam a posição do “mais sustentável”, afinal, esse valor significa ainda mais segurança no longo prazo.



No Brasil, o investimento em controle ambiental das indústrias passou de R$ 2,2 bilhões, em 1997, para R$ 4,1 bilhões, em 2002, dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA-empresa). Foram consideradas, além da aquisição de máquinas indústrias que incorporam a concepção de tecnologia limpa, a aquisição de equipamentos, obras com estação de tratamento e gastos para colocar esses itens em funcionamento.



Cada vez mais, é preciso estar atento aos novos nichos de mercado. Principalmente em tempos de crise, os negócios “verdes” podem gerar grandes oportunidades de negócio. A ONU estima que a economia “verde” deverá contribuir, no mundo, com mais de 20 milhões de empregos até 2030. Esperamos que essas estimativas cresçam ainda mais e que, com uma maior consciência, possamos romper com o atual processo de desenvolvimento a qualquer custo para alcançar o desenvolvimento sustentável.

sábado, 12 de junho de 2010

"Dica Ecológica" - Parque Estadual da Serra do Mar

Uma boa pedida para o final de semana é visitar o Parque Estadual da Serra do Mar Nucleo de Caraguatatuba SP.


O parque, que tem área total de 315 mil hectares sendo 88 mil em Caraguatatuba, abriga espécies diversas de animais, pássaros e árvores típicas da mata Atlântica. Duas trilhas - uma de meia hora de duração e outra de três horas - conduzem a paisagens intocadas, além de piscinas naturais perfeitas para banhos. Para visitar o parque é preciso agendar com antecedência.



                                           fotografica: http://www.blogologia.net/

Acesso pela rod. dos Tamoios, km 80, 6 km


tel: (12) 3882-3166

Preço: R$ 2 Trilhas por trechos preservados de mata Atlântica. A do Jequitibá (30', ida e volta) termina numa piscina natural com pequena queda-d'água; e a da pedra Redonda (3h) segue até uma cachoeira. Apenas saídas guiadas, às 9h e às 13h, mas é preciso agendar um dia antes.

Seleção brasileira lança camisa ecologicamente correta

Segundo o site Eco-planet a seleção brasileira da exemplo utilizando uniforme feito por material reciclavel.

Uma camisa ecologicamente correta. A seleção brasileira vai buscar o hexa, na África do Sul, levando o conceito de sustentabilidade do planeta. Com Alexandre Pato como modelo, o uniforme amarelo do país pentacampeão do mundo foi apresentado nesta quinta-feira, em um evento em Londres, na Inglaterra.


                                         Imagem: http://ecolouca.wordpress.com/


O tecido da camisa é feito com oito garrafas de plástico e o material é 100% reciclável. O Brasil estreia o novo uniforme na próxima terça-feira contra a Irlanda, em Londres, no último amistoso antes da convocação final para a Copa do Mundo. A partida vai ser às 17h (horário de Brasília).



- Falam que a camisa da seleção pesa, mas essa é bem levinha. Realmente fica bem justa ao corpo e esse material facilita muito o atacante – disse Pato.



A camisa que vai ser usada pelo Brasil na África do Sul é 15% mais leve do que a utilizada na Copa do Mundo de 2006. Alexandre Pato foi uma solução de última hora conseguida pela Nike para apresentá-la, já que o Barcelona não aceitou liberar Daniel Alves, e o atacante Luís Fabiano está machucado. O jogador do Milan não faz parte do grupo de Dunga para o amistoso contra a Irlanda, na próxima terça-feira. A última partida de Pato pela seleção foi na Copa das Confederações, na vitória por 4 a 3 sobre o Egito na estreia da competição, em 15 de junho de 2009.


                                          Imagem: http://ecolouca.wordpress.com/


Questionado se pensa em ser chamado para Copa, o ex-jogador colorado foi político:



- Meu sonho ainda é ir para Copa. Vou continuar trabalhando forte até o último minuto. Estou fazendo bem o meu papel no Milan, mas respeito qualquer decisão do Dunga.

Pato posa com a nova camisa da seleção. Do lado esquerdo, Nani, mostra o uniforme de Portugal, que é confeccionado pelo mesmo fornecedor de material esportivo do Brasil.




A camisa amarela da seleção brasileira tem pequenos detalhes em verde nos ombros, com cinco estrelas no fim. A camisa azul já foi lançada durante o carnaval do Rio de Janeiro e de Salvador, no último dia 14. Robinho foi o modelo na Sapucaí, e o cantir Carlinhos Brown teve a honra nos trios elétricos baianos.



Além do Brasil, outras nove seleções apresentaram seus uniformes para Copa do Mundo: Inglaterra, Eslovênia, Sérvia, Nova Zelândia, Portugal, Holanda, EUA, Austrália e Coreia do Norte.

Fonte: ecoplanet.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Semana de Vela de Ilhabela 2010.

Definida a 37ª edição da Semana de Vela de Ilhabela confirmadas pelo Yacht Club Ilhabela, que é organizador do evento. Este é maior evento Vela da América Latina ocorrerá entre os dias 18 e 24 de julho de 2010, no próprio Yacht Club, litoral de são paulo.

                                          Foto: foto - http://www.esoprtesite.com.br/



Houve munça na data por causa da Copa do Mundo da África do Sul, a prova terá uma diferença que visa qualificar a competição. “A Rolex Ilhabela Sailing Week terá apenas convidadas classes organizadas e ativas com verdadeira expressão internaciol e nacional.


Ocorrerá também a 2ª e última etapa do Campeonato Sul-Americano de Vela de Oceano da América do Sul. Está competição será organizada  pelo YCI, em parceria com o Yacht Club Argentino.















Foto: open4group.com

Por: Projeto Oceano Brasil

sexta-feira, 4 de junho de 2010

5 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

"A culpa não é da chuva"


Você já se deu conta de quantas coisas estão erradas em nosso país quando o assunto é conservação do Meio Ambiente?


Embora o Brasil tenha conservado boa parte de suas florestas, diferente da maioria dos países que vem dando palpite sobre o que devemos fazer com as nossas, ainda não somos bom exemplo de preservação.

A Amazônia só foi poupada de ser quase totalmente desflorestada devido ao seu grande isolamento das capitais litorâneas. Mesmo tendo o ritmo de danos ambientais diminuído na Amazônia, a destruição ainda é alarmante. O Rio de Janeiro, uma das principais capitais do país, também não se vê um bom exemplo, como podemos ver na foto acima e em outras.

Juntos podemos mudar esse quadro de abandono. Cobre da prefeitura de sua cidade o zelo pelo que é de todos: o Meio Ambiente.


Ativistas do Greenpeace protestam contra emissões descontroladas de CO2:
Cortar as emissões globais de 48% a 72%, entre 2020 e 2050, daria ao mundo uma chance de respeitar o limite de 2C.

Atitude Agora e Sempre

Alexandre Porfirio
Prof & Ambientalista SP.

Energia Eólica Portátil

Empresa desenvolve gerador de energia eólica portátil e acessível

fonte: http://www.ecoplanet.com/

Uma tecnologia pretende revolucionar o conceito de energia eólica já nos próximos anos. Ela se chama Windbelt e, em vez de utilizar turbinas grandes e complexas, usa um pequeno mecanismo feito a partir de uma membrana vibratória, imãs e uma bobina de metal.


O criador da tecnologia é o físico coreano e presidente da Humdinger Wind Energy, Shawn Frayne. Junto com seus colegas, o engenheiro aeronáutico Jordânia McRae e engenheiro mecânico Dr. Kurt Kornbluth, ele desenvolveu o projeto que pretende simplificar e popularizar a energia eólica nos quatro cantos do mundo – especialmente nas regiões mais vulneráveis.

Tecnologia simples e barata

Tudo começou quando Frayne trabalhava no Haiti e percebeu que para fornecer energia limpa em uma escala global, seria necessária uma tecnologia muito mais simples e barata do que as que já existiam. Assim, ele criou um gerador de energia eólica que não utiliza turbinas e é capaz de produz um watt de eletricidade por apenas US$ 1,00.

Sea Orbiter "Navio Vertical"

fonte: http://seaorbiter.com/vid/sea_fr2 consulte o projeto.



Orçado em 35 milhões de euros, ele ainda não foi construído – seu criador, o arquiteto francês Jacques Rougerie, está procurando patrocinadores. Sua primeira missão está prevista para 2011. Nela, o navio vertical irá ficar à deriva na maior parte do tempo, sendo carregado pelas correntes e realizando estudos sobre vida marítima, clima e poluição.


O trajeto, estimado em cerca de quatro anos, começará no estreito de Gibraltar e, com a ajuda das correntes, deve chegar ao canal do Panamá, cruzar os oceanos Pacífico e Índico até entrar no canal de Suez e desembocar no Mediterrâneo.

DEU PÉ

Navio vertical tem estrutura semelhante a um edifício, com vários andares

Construção Eco-Sustentável - "Um Novo Paradigma"

Fonte: http://www.anabbrasil.org/

Sustentabilidade é, hoje, o ponto chave no conceito de desenvolvimento. O desenvolvimento sustentável assegura que sejam supridas as necessidades presentes, sem porém comprometer a possibilidade de futuras gerações satisfazerem as necessidades de seu tempo.


Ultimamente, tem se utilizado no meio técnico e acadêmico o termo “arquitetura bioclimática”, cada vez com mais freqüência. Entretanto, se uma arquitetura pode ser caracterizada como “bioclimática” é porque deve também haver uma arquitetura “não-bioclimática”. Este pensamento traz a tona a perplexidade de que possa haver arquiteturas não adequadas às condicionantes climáticas e geomorfológicas do sítio em que se insere. Mas não é este o fim da arquitetura, como descreve Vitruvius : “Os edifícios estarão bem adequados, se desde o princípio, se tem em conta o clima do lugar em que se constrói, porque não há dúvida de que devem ser distintos os edifícios que se fazem no Egito, dos que se fazem em Roma”. E segundo Romero (1998): “Arquitetura e clima são conceitos inseparáveis. Porém, produziu-se em tão larga escala uma arquitetura dissociada do clima que foi necessário criar uma segunda arquitetura e batizá-la de bioclimática.” Pode-se dizer que uma Arquitetura Sustentável pressupõe ser Bioclimática.

As Nações Unidas (UNCHS, 1993, p. 25) apontaram as seguintes estratégias sustentáveis para o design de componentes de construção e projeto de edifícios:


- o uso de menos materiais, especialmente aqueles de alta energia, nos edifícios, buscando maneiras de reduzir a espessura de paredes, acabamentos, e pé direito, onde estes fatores não comprometam outros aspectos do desempenho do edifício;

- optar por materiais de baixa energia onde estes forem disponíveis, como por exemplo: o uso de madeira ao invés de aço ou concreto para vigas e treliças, uso de argamassa de cal ao invés de argamassa de cimento, uso de terra e tijolos de terra estabilizada ao invés de tijolos queimados, uso de blocos de concreto celular ao invés de blocos/painéis densos de concreto; optar por sistemas estruturais de baixa energia, como alvenaria auto-portante, em lugar de concreto armado ou estrutura metálica;

- projetar edifícios de baixa altura ao invés de edifícios de grande altura, onde as possibilidades permitam;

- optar, onde possível, por materiais de descarte ou reciclados, ou materiais que incorporem qualquer destes, como por exemplo, cimento aditivado com escória de alto-forno, mantas de impermeabilização asfáltica que incorporam papel reciclado, e materiais de demolição;

- projetar edifícios com longa durabilidade, porém facilmente adaptáveis a novas necessidades e requerimentos;

- projetar edifícios levando em conta a reciclagem de seus materiais, utilizando, por exemplo, argamassas “moles”, de modo a facilitar o reaproveitamento de tijolos e evitar onde possível o uso de concreto armado;

- especificar materiais que possam ser encontrados em locais próximos à obra e que tenham baixo custo de transporte.

Além destes, podemos destacar:
As coberturas verdes garantem ar mais puro, clima mais agradável e economia de energia

- o uso de sistemas de energia mais eficientes e menos poluentes, privilegiando as formas passivas de energia (inércia térmica, ventilação natural, iluminação natural, etc.) pela correta implantação do edifício.

- o uso de sistemas de coleta e tratamento de água para reduzir a demanda do sistema publico e proporcionar o uso racional da água.

- o uso de sistemas de automação e monitoramento inteligentes visando a otimização e a eficiência das instalações.

- o uso de sistemas para redução da formação de lixo e a correta separação e destinação do mesmo para reciclagem ou compostagem .

- o desenho funcional do edifício, reduzindo deslocamentos e equipamentos e permitindo a acessibilidade física de todos os ocupantes de forma autônoma e segura.

- o cuidado na preservação do local e seu entorno durante as obras civis e após.

- a otimização e racionalização do processo de construção, de modo a reduzir o desperdício e descarte de materiais durante a construção.

Quais os benefícios de ser  Sustentável?





                                Durante a World Expo Shanghai 2010, uma montadora chinesa apresentou um projeto de carro para 2030 que absorve CO2 e libera oxigênio.

- Benefícios sociais: inclusão social, acessibilidade física, bem-estar e salubridade.

- Benefícios econômicos: redução do investimento de construção, redução do custo de utilização da edificação, possibilidade de reuso ou readequação da edificação e componentes para novas finalidades.

- Benefícios ambientais: redução do impacto ambiental, preservação e conservação dos recursos naturais.

Porto Sim, mas sem Contêineres

fonte: http://www.cedslitoralnorte.org.br/

Para aqueles que me conhecem sabem que gosto de discussões e debates filosóficos e que sou muito pragmático também.


O Movimento Ambiental, junto com algumas entidades da sociedade civil buscam saídas pró Sustentabilidade do Litoral Norte Paulista.

Dentre os diversos atores que podem ajudar ou atrapalhar este processo temos a Petrobrás, o Porto, o Governo do Estado com a duplicação da Rodovia dos Tamoios, os empresários locais que querem saber onde e como investir, os governos municipais, os legisladores e esta, hoje, é uma jornada rumo a busca de alternativas que possibilitem alcançar a Sustentabilidade, palavra usada como panacéia mas com entendimento limitado pela maioria das pessoas.


O Colegiado de entidades ambientalistas do litoral norte - ReaLNorte que congrega 17 entidades, mais maduras e cientes da urgência de medidas rápidas, se dispôs a discutir sustentabilidade e esta construindo, através do Comitê do Dialogo para a Sustentabilidade – COMDIAL, inicialmente com a Petrobrás, fora do processo de licenciamento da base de gás e seus adidos (plataforma e dutos de transporte), alcançou um corpo que hoje permite ampliar seus atores.

Conseguimos chegar a avanços e percebemos que devemos olhar a gestão do território no contexto das mudanças climáticas e suas implicações nas regiões litorâneas, numa interface Petróleo, Gás e Porto de exportação, com seus desdobramentos.

Devemos construir o conceito de Sustentabilidade juntos, população em geral, 1º setor (legislativos, prefeituras e estado), 2º setor (empresas, industria e comércio), 3º setor (nós movimentos sociais) e preferencialmente trabalhando e atuando para que todo o montante de obras da região, novos negócios e legislação tenham, explicitamente, compromisso com mudanças de todos os níveis de atuação e responsabilização com a Sustentabilidade.


Quando assumimos que deveríamos debater o Porto de São Sebastião, realizamos de forma democrática, debates onde estes atores estavam de uma forma ou outra presentes, mas ficamos na esfera dos questionamentos e de dúvidas em relação as questões ambientais, com foco no Manguezal do Araçá e muito timidamente na abordagem de sustentabilidade.

O desafio que proponho é trazer para esta revista eletrônica, a daí para outros eventos presenciais, a discussão do Porto, Sim, mas em outras bases que não a ‘conteinerização’, e daí um desafio ao Gestor Portuário Sr Frederico Bussinger.

O que o Porto ‘Conteinerizado’ trás para a Sustentabilidade da região?

O que significa um Porto de líquidos? O Plano de Emergências Individual - PEI e Plano APELL devem estar bem dimensionados pois devemos aumentar o Gerenciamento de Risco Ambiental.

Que questões o Sr coloca para entendermos e amadurecermos nossas convicções?

A Cia DOCAS, contribuiria em muito com o avanço do Conceito de Sustentabilidade, mostrando esclarecendo ajudando a sociedade, governo, iniciativa privada e movimentos da sociedade civil a entender, identificar e até apoiar as iniciativas onde a Sustentabilidade esteja presente.

O desafio vai estar em como podemos apoiar a modernização do Porto para que ele seja viável economicamente, ambientalmente e socialmente, porém sem contêineres? É possível?

Uma região como a nossa, com vocação para o Turismo, Pesca, Marinas e as indústrias relacionadas, podem sobreviver com o Porto?

Como isso se daria? Os prejuízos que antevemos com a ‘Conteinerização do Porto’ são remediáveis, quais as alternativas?

Vamos debater aqui, registrando nossos projetos soluções, alternativas, oportunidades que o Porto de São Sebastião pode ter e trazer e que os diversos atores sociais também possam contribuir.

O Estado elabora o PINO (porto indústria naval e off shore), sem adentrar em questões políticas envolvidas, esta iniciativa, solicitação do movimento ambiental desde 2006 quando as obras para região eram projetos, concretiza e trará cenários que devemos analisar, contribuir e levar em consideração para o planejamento da região.

Será de muita importância e valia para que as Prefeituras possam planejar seus planos diretores.

A Petrobrás, big player(grande jogador) internacional, já aceitou trabalhar por meio do Dialogo para a Sustentabilidade, suas atividades na região (as novas num primeiro momento) já contribuindo para esta construção.

Nós ambientalistas nos desarmando de pedras e paus e buscando dialogar para achar alternativas de desenvolvimento da região e aqui, propondo discutir o Porto, a Petrobrás, as obras viárias entre outras, num ambiente de debate, construindo conhecimento e ajudando na divulgação de informações.

Atrair os legislativos para busca de Leis para Sustentabilidade, algo inédito e premente, pois se não dermos amparos legais, as mudanças climáticas nos atropelarão, ou melhor, afogarão empreendimentos em água do mar com a elevação do nível do mar e em lama com os desbarrancamentos que a Serra pode sofrer com as chuvas intensas.

As Defesas Civis que devem ser ouvidas e preparadas para enfrentar o clima, como em uma guerra, Santa Catarina nos demonstra o que nos espera, pois a temperatura da Terra ainda não subiu meio grau e os eventos extremos já estão assim, quem dirá quando subir até os 2 graus que é o limite para que a vida se mantenha assim como conhecemos hoje.

As Universidades são aliadas importantes nas pesquisas e informações técnicas que subsidiem as tomadas de decisão.

A  proposta é para discutir para além do Licenciamento Ambiental do Porto e destas obras.

O rito do Licenciamento continua correndo nas formas legais e é assim que vamos trabalhar, porém devemos avançar. Debater à luz da Sustentabilidade será um passo do que ainda hoje vemos em termos de licenciamento.

Cabe aqui um parêntesis, pois na última Audiência Pública do IBAMA na região, que tratava do licenciamento de perfuração de poços de prospecção de Petróleo e Gás, em minha fala, questionando e propondo que a licença não seja dada pela inviabilidade ambiental do empreendimento a luz de dois conceitos que ajudam a entender a Sustentabilidade. Primeiro o de garantir para as gerações futuras acesso aos recursos naturais da mesma forma que as gerações atuais e que com a extração do petróleo, da forma que esta sendo feita hoje, só restarão buracos no subsolo e gás carbônico na atmosfera; o outro principio que é o de garantir que a qualidade de vida das futuras gerações sejam iguais ou melhores do que temos hoje e a queima de combustíveis fósseis provocando a carbonização da atmosfera, não teremos segurança nenhuma com relação ao aquecimento global e suas conseqüências.

O analista ambiental que presidia a mesa colocou que estas questões são relevantes que por ele tal situação não ocorreria, porém que a sociedade é que deve saber o que fazer com seus recursos, que nossa matriz energética é insustentável e que os Termos de Referencia - TR do Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Meio Ambiente - EIA-RIMA não prevêem questões como esta. Que o registro de minha solicitação estava gravado e anotado.

Posso dizer com segurança que sabemos que é necessário crescer por alguns anos, para diminuir as desigualdades econômicas e sociais e promover melhoria da qualidade de vida da população, porém este crescimento já deve sinalizar o modelo sustentável de sociedade, de economia e garantindo um meio ambiente saudável para as gerações futuras.

Portanto, devemos atuar no bojo da sociedade, com todas as mídias disponíveis e podemos aproveitar este contexto para apresentar qual papel do Porto no contexto do crescimento para um desenvolvimento sustentável.

Apresentar as novas bases de desenvolvimento que queremos e como obter sucesso. Quais as novas bases que teremos para alicerçar os novos negócios da região?

Finalizando...

Crescer para a Sustentabilidade. O Porto pode ajudar? Com ou sem Contêineres?

Como utilizar do conhecimento da Capacidade de Suporte da região e aproveitar a baixa Resiliência Ecológica da região de Mata Atlântica (podemos definir resiliência ecológica como a capacidade do ecossistema em manter ou retornar às suas condições originais após um distúrbio provocado por forças naturais ou pela ação humana, ou seja, os impactos antropogênicos.), para o potencial econômico dentro de uma perspectiva de crescimento.

Aproveitar o aumento da demanda para exportação de biocombustíveis principalmente etanol pelo Porto em alternativa aos processos de exportação mais tradicionais.

Melhoria da qualidade de vida em bases sustentáveis, organizando a ocupação do solo para que o crescimento da região fuja do caos urbano que vivemos hoje e que é a atual tendência.

Queremos aprofundar o debate. Reforço o convite ao Sr Frederico Bussinger, gestor portuário, para discutir o futuro do Porto de São Sebastião pela Revista Eletrônica do Centro de Experimentação em Desenvolvimento Sustentável - CEDS.

O Sr expõe todo projeto e vamos debater.

O Porto de São Sebastião é fundamental para o debate sobre Sustentabilidade da nossa região.


Beto Francine

Conselheiro CONAMA

Representante do movimento ambientalista na Coordenação do COMDIAL