terça-feira, 17 de maio de 2011

Biocarvão é opção para seqüestro de carbono.

O biochar é obtido a partir da transformação da biomassa em carvão















Foto: Envolverde

Metodologia aproveita conhecimentos tradicionais indígenas

09/05/2008 - Uma técnica agrícola conhecida há milhares de anos pelos índios da Amazônia está sendo resgatada e avaliada como uma alternativa para lidar com o aquecimento global. A prática de adicionar o carvão resultante da queima de matéria orgânica à terra aumenta a fertilidade do solo, a produção agrícola e a eficiência do seqüestro de carbono da atmosfera, além de ser mais uma fonte de produção de energia.

Pelo método mais usual de se capturar carbono, as plantas absorvem o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera pelo processo da fotossíntese. No entanto, quando esses vegetais morrem, são decompostos por microorganismos, que acabam liberando o CO2 novamente no ambiente. Esse ciclo faz com que a remoção do carbono não seja permanente.

A redescoberta de uma técnica chamada de “biochar” ou biocarvão (que na região da Amazônia resultou na conhecida Terra Preta dos Índios) mostra que, quando as plantas são queimadas na floresta, parte do carbono absorvido por elas se transforma em carvão e se torna resistente ao ataque de microorganismos. Dessa maneira, o CO2 fica armazenado no solo por centenas ou milhares de anos.

O biochar é obtido a partir da transformação da biomassa (madeira, plantas, resíduos florestais) em carvão pelo processo de combustão conhecido como pirólise – caracterizado pelo aquecimento na presença de pouco ou nenhum oxigênio. A produção de biochar exige a queima a temperaturas superiores a 400 graus. A pirólise, sem oxigénio, permite reter de 20% a 50% do carbono presente nestes materiais.

Potencial

Um dos maiores defensores dessa idéia é o pesquisador Johannes Lehmann, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Ele e seus colaboradores estudaram solos agrícolas de civilizações anteriores e perceberam o imenso potencial dessa “terra preta” para seqüestrar carbono e fertilizar a terra ameaçada pela desertificação.

Na região amazônica Lehmann percebeu que os teores mais altos de matéria orgânica encontrados em alguns locais eram resultado da deposição por centenas ou até milhares de anos de restos vegetais carbonizados, assim como de restos de comida e ossos - o que conferiu aos solos características químicas, físicas e biológicas que os tornam desejáveis do ponto de vista agrícola.

O pesquisador propõe que resíduos de plantas ou plantações voltadas para bioenergia sejam transformados em biochar como uma maneira de estocar carbono. O carvão resultante do processo ainda pode ser queimado para se produzir energia, mas essa prática, diferentemente do enterro do material no solo, não armazena carbono.

Lehmann e seu colega John Gaunt calcularam que o estoque de biochar no solo produz 30% menos energia do que a sua queima, mas evita emissão de CO2 em duas a cinco vezes. A quantidade de carbono poupada com armazenamento de carvão é muito maior do que a que se poderia poupar ao usar o biochar como um substituto para os combustíveis fósseis, explica Lehmann.

“Um consenso geral é de que mesmo que se invista e utilize a maior proporção possível de biomassa para produção de energia, as nossas necessidades energéticas nunca serão supridas. Então, o que a bioenergia pode fazer com a opção do biochar é reduzir emissões e representar carbono fora da atmosfera”, avalia.

Mais estudo

Autores de um artigo publicado na última semana na revista Science descobriram que o carvão pode desencadear atividade microbiana quando misturado a outros componentes do solo - aumentando a liberação de carbono do húmus e compensando benefícios potencias da técnica.


O pesquisador da Universidade Sueca de Ciências Agrícolas, David Wardle, e seus colegas, colocaram pacotes contendo carvão e húmus (meio a meio) em três locais diferentes de uma floresta da Suécia e deixaram o experimento lá por dez anos. Depois desse período, a quantidade de carbono e massa perdidos foi maior nos pacotes que continham a mistura (23%) do que naqueles com componentes individuais (15%).

O carvão possui uma grande área de superfície e absorve bem as moléculas orgânicas, criando um ambiente que acelera degradação do húmus por microorganismos, explica Wardle. “Eu não discordo que o carvão possa ter um grande potencial, mas precisamos reconhecer que ele não fica apenas lá parado”.

“Será muito importante olhar para as implicações do ciclo natural do carbono negro e para o avanço da adição do biochar ao solo como meios de seqüestro de carbono”, afirma Lehmann. No entanto, ele diz que não vê nenhuma evidência que possa alarmá-lo mais do que a idéia de colocar biochar no solo para aumentar a captura de carbono pelo solo. Ele observa ainda que o ambiente da floresta boreal na Suécia possui uma camada mais rica em matéria orgânica para as bactérias se alimentarem do que os solos de agricultura – onde o biochar provavelmente seria acrescentado.





terça-feira, 10 de maio de 2011

PROJETO “Câmara nas Escolas” - São Sebastião

Artigo do Vereador PH - São Sebastião




Em 2010 elaborei o projeto “Câmara nas Escolas” que visa levar aos estudantes os conhecimentos básicos sobre o funcionamento dos municípios, estados e a federação, bem como detalhar as atribuições dos vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, deputados federais, senadores e presidente da república. Pensando na formação de cidadãos conscientes, é que existe a necessidade de inserir a educação ambiental no ambiente escolar, de maneira que todos se mobilizem de forma efetiva para a melhoria da qualidade de vida.Diante dos problemas ambientais do mundo, é muito importante que as novas gerações possam ter em seus currículos escolares a dimensão ambiental porque a escola é um lugar ideal para que esse processo aconteça.



Eu, particularmente, defendo a idéia de que Educação Ambiental no âmbito escolar deve ser tratada como científica, ou seja, deve ser uma disciplina que atue separadamente de outras, pois hoje é tida como um tema transversal e que muitas vezes se torna esquecido, devido ao fato de os estudantes ficarem presos aos conteúdos que lhes são estabelecidos e que na maioria das vezes são tão extensos que o mesmo não consegue concluí-los até o fim do ano letivo, e muitos professores não se sentem na obrigação da aplicação de um tema transversal, embora este seja de extrema importância.



A educação ambiental ganhou notoriedade com a promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu uma Política Nacional de Educação Ambiental e, por meio dela, foi estabelecida a obrigatoriedade da Educação Ambiental em todos os níveis do ensino formal da educação brasileira. A lei 9.765/99 precisa ser mencionada como um marco importante da história da educação ambiental no Brasil, porque ela resultou de um longo processo de interlocução entre ambientalistas, educadores e governos.



A escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações, como uma das possibilidades para criar condições e alternativas que estimulem os alunos a terem concepções e posturas cidadãs, cientes de suas responsabilidades e, principalmente, perceberem-se como integrantes do meio ambiente. A educação formal continua sendo um espaço importante para o desenvolvimento de valores e atitudes comprometidas com a sustentabilidade ecológica e social.



Somente desta maneira é que se torna possível acreditar na possibilidade de mudar condutas e valores e, assim, formar pessoas que, através da disseminação de suas convicções, trabalharão por uma nova maneira de relacionar-se com o mundo e seus recursos naturais e também com as outras pessoas.Sendo assim, enfrentamos um momento de mudança de paradigma com relação à concepção de uso de recursos naturais e convivência com o meio ambiente. A crise que vivenciamos pode ser considerada como uma crise de valores, o que tem gerado problemas sociais e ambientais das mais variadas proporções.



A Educação Ambiental tem assumido nos últimos anos o grande desafio de garantir a construção de uma sociedade sustentável, em que se promovam, na relação com o planeta e seus recursos, valores éticos como cooperação, solidariedade, generosidade, tolerância, dignidade e respeito à diversidade.



Afinal de contas, a Educação Ambiental é conteúdo e aprendizado, é motivo e motivação, é parâmetro e norma. Vai além dos conteúdos pedagógicos, interage com o ser humano de forma que a troca seja uma produção de conceitos e conhecimento positiva para ambos. Educadores ambientais são pessoas apaixonadas pelo que fazem. E, para que o respeito seja o primeiro sentimento motivador das ações, é preciso que a escola mude suas regras para se fazer educação ambiental de uma forma mais humana.



Além disso, a Educação Ambiental caracteriza-se por adotar a gestão ambiental como princípio educativo do currículo e por centrar-se na idéia da participação dos indivíduos na gestão dos seus respectivos lugares: seja a escola, a rua, o bairro, a cidade, enfim, o lugar das relações que mantém no seu cotidiano. Entendemos que o papel principal da educação ambiental é contribuir para que as pessoas adotem uma nova postura com relação ao seu próprio lugar. Assim fica a dica para que a Secretaria Municipal de Educação, promova a Educação Ambiental como conteúdo fundamental para a formação de nossas crianças.



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Casa usa energia gerada por fotossíntese

fonte: ecoplanet4

Atualmente duas formas de geração de energia estão passando por problemas: hidrelétrica em Belo Monte, com a escolha infeliz do local para ser construída e a nuclear, com as explosões no Japão. Energia solar e eólica já existem e precisam ser mais utilizadas. Mas aí, quando isso acontecer, qual será a matriz energética “do futuro”? A energia por fotossíntese é uma grande candidata a esse posto.


O projeto, criado pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), mostra uma casa com a energia proveniente de algas geneticamente modificadas.


Com o nome “Casa Das Algas” a construção leva uma série de tubos que abrigam as algas, destituídas de enxofre, que produzem o hidrogênio que vai se transformar na energia consumida pela casa. Para o processo ocorrer sem anormalidades, os pesquisadores perceberam que a intensidade da luz dentro dos tubos deveria mudar de acordo com o clima da região: Mais intenso durante o inverno e mais ameno durante o verão.



Os pesquisadores garantem que a casa gera energia para duas pessoas com todos os produtos modernos (computador, microondas, TV, etc) ligados.



Geração de EnergiaEmpresa projeta geradores de energia eólica para áreas urbanas


Foto: Divulgação (fonte ecoplanet4).

Grandes, as turbinas eólicas de larga escala são bem potentes e podem gerar grande quantidade de energia, mas também requerem grandes investimentos em infraestrutura. Mas, e se pudéssemos aproveitar o poder do vento em locais próximos das cidades sem causar alguma obstrução na paisagem?


A ideia é da NL Architects e o objetivo é explorar a “domesticação” do vento com as Powers Flowers – espécies de turbinas dispostas em formato de árvores.


Esses pequenos e quase inaudíveis geradores de vento poderiam ser colocados em qualquer cidade com poucos edifícios e ainda serviriam como esculturas artísticas, já que possuem um visual agradável.